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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Avaliação do Portifólio

A finalidade de construção desse blog ( Portifólio Eletrônico) é de podermos vivenciar na prática como ocorre a avaliação formativa e assim podermos desenvolver essa forma de avaliação com nossos futuros alunos.
Bem, creio que essa forma de avaliação me auxiliou bastante a desenvolver a minha reflexão sobre as aprendizagens dos textos lidos em sala de aula. O papel do professor de medior também é importante para que esse progresso ocorra, retirar a visão de avaliação tradicional, classificatória e dar continuidade e participação do aluno no processo de desenvolvimento da aprendizagem, pois ele pode reescrever suas postagens quantas vezes achar necessário ampliando suas produções.
No início foi complicado utilizar essa ferramenta eletrônica, pois tinha dificuldade em manusear, como por exemplo colocar fotos, vídeos,etc. Porém, as dificuldades foram superadas e posso dizer que avançei bastante tanto nas reflexões quanto na utilização das ferramentas.
Através da minha auto-avaliação mediada pelo professor pude progredir na reflexão dos conceitos, tematizando-os fazendo pontes com outras disciplinas e conhecimentos.
Logo, acredito ter contemplado todos os descritores, principalmente o específico.
O Portifólio Eletrônico foi uma forma diferente de avaliação que na faculdade até o momento não sabia que existia. A partir dessa experiência certamente mudarei a forma de avaliar e até ultilizá-lo na prática. Essa construção só foi possível graças a parceria do aluno com o professor por isso que ele é tão importante nesse processo, ambos são resposnsáveis por essa construção do conhecimento.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Considerações finais

Após discutirmos todos esses textos foi destacado os processos iniciais de escrita e leitura e seu desenvolvimento na criança de 0-6 anos, conhecemos como se dá esse processo e a construção do conhecimento da criança. Vimos o quanto é importante que o professor compreenda que sua prática deve ser mediada através da realidade, bagagem e os conhecimentos que os pequenos já possuem. O papel do professor é de contribuir para que a criança se insira no mundo da escrita, por isso este deve entender que a criança já tem um ambiente cultural de leitura e escrita(mesmo que seja pouco). Sendo assim, o docente deve utilizar isso para pensar, refletir e contruir uma proposta de trabalho que seja mais apropriada para sua classe.
As contribuições de Emília Ferreiro servem para que nós profissionais da educação reflitamos que através das hipóteses de escrita e cada fase que elas passam( algumas demoram mais e outras podem estar em níveis intermediários de cada fase) fica melhor para enterdermos os processos e desenvolvimento da escrita nas crianças. Quando estava trabalhando no projeto da Escola Aberta no município de Nova Iguaçu fiz o diaginóstico com palavras da realidade deles e começei com palavras monossílabas, depois dissílabas, trissílabas e polissílabas para verificar qual nível de conhecimentos deles. Isso me ajudou bastante, pois foi mais fácil conduzirminha prática para que todos conseguissem se desenvolver. Posso disser que o resultato foi muito satisfatório porque a maioria conseguiu avançar e alguns que estavam na 3ª série e não tinham comecinhemto do afabeto já estavam interpretando textos e escrevendo.
É importante que o docente reflita criticamente sobre esses processos, sua prática, o currículo, afim de construir metodologias adapatadas à realidade das crianças para desenvolver sua prática na sala de aula.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Hipóteses de Alfabetização



Oi amigos, estamos lendo os textos “ Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” de Emilia Ferreiro e "A construção do conhecimento sobre a escrita" de Ana Teberosky e Teresa Colomer. Os textos abordam a organização, as hipóteses de escrita das crianças na alfabetização.
As formas tradicionais de tratar a educação vêem a criança como um receptor passivo de informações, transforma a alfabetização em um ato de codificar e decodificar a fala e a escrita de sílabas, palavras descontextualizadas, retirando o prazer de ler e escrever e sua função social. Atualmente essas práticas estão sendo questionadas pelas idéias de Emilia Ferreiro em uma abordagem construtivista-interacionista da aprendizagem sem dá receitas prontas. Sabemos que cada criança tem um nível cognitivo e um raciocínio lógico próprio para organizar o processo de construção do conhecimento. A criança percebe que além do desenho existe outro modo de representar e começa a fazer uso de letras, números, figuras, pauzinhos e bolinhas. Ela não compreende que a escrita representa o som das palavras e não o objeto a que o nome se refere. Essa etapa é a pré-silábica. Nesse nível a criança começa a perceber as características formais da escrita e constrói hipóteses sobre o que é necessário para escrever e que estes possam se lidos. Ela acredita que é preciso uma “quantidade mínima” de letras, ou seja, o texto que "serve para ler" deve ter no mínimo três ou quatro letras e que a palavra precisa ter várias letras diferentes com alternância- princípios de quantidade mínima e de variação interna. Na hipótese da quantidade mínima a criança conta quantos objetos aparece e representa cada letra para cada elemento.
Ex: Uma criança diz que a palavra Arara não serve para ler porque tem muito A;
Pé não dá porque falta letra;
L5OT não serve porque tem número.
OIA (gatinho)
OAI OAI OAI (gatinhos =3)
Aqui a criança escreveu três vezes a palavra gatinho porque ela contou quantos gatos tinha no desenho.
É necessário destacar que as crianças desenvolvem as hipóteses a partir de seu contato com materiais do seu entorno ou com leitores e escritores, por isso o desenvolvimento das hipóteses se dão pelos conhecimentos anteriores que as crianças possuem e que a partir disso evoluem para novas construções de conhecimento. É a tematização, onde a criança amplia seu conhecimento passando para um nível maior do que já sabe, é a transição do “saber como” para o “saber sobre”. Ela percebe que também o texto tem uma função, uma finalidade- intencionalidade comunicativa, que a escrita é um sistema simbólico e representa os nomes dos objetos e das pessoas ( hipótese do nome). O que está escrito é o que ela acredita que se pode representar por escrito, no caso os nomes, e o que se pode ler é uma interpretação que ela faz do que está escrito, ou seja, ela tem uma dimensão do todo. Quando uma criança faz uso da segmentação silábica ( ela repete várias vezes o nome que irá escrever e descobre as sílabas) já está saindo da hipótese pré-silábica para a silábica.
Na hipótese silábica, a criança através do seu contato com o cotidiano já começa mudar seus critérios, a escrita não representa o objeto a que se refere. Ela percebe que a escrita representa os sons da fala, cada letra uma sílaba oral (hipótese conceitual). Essa fase é conflituosa para criança, pois ela ainda tem o conceito de quantidade mínima e o avanço conceitual. O procedimento operatório é de correspondência um a um, ou seja, a criança faz uma correspondência quantitativa da escrita, ela conta as sílabas da palavra para saber quantas letras são necessárias para escrever. Podemos dizer que nessa fase a criança omite letra, repete sílabas, repete mais de uma sílaba para chegar ao final desejado. Depois o princípio de “quantidade mínina” anda paralelamente ao princípio de “variação interna”, na qual a criança já sabe que com uma letra não dá pra escrever e uma palavra não pode ser lida se for composta de uma mesma letra repetidas vezes. Juntamente a isso tem o valor posicional, uma mesma letra pode funcionar como a primeira letra do nome, como a última e assim por diante. É a relação entre as partes e o todo. As informações que a criança vai recebendo do exterior ocasiona perturbação que segundo Ferreiro (2007) podem ter três reações: a criança pode deixá-la de lado, pode compensá-la ou assimilá-la chegando a equilibração.

O período silábico-alfabético é a transição dos conhecimentos prévios para os que estão sendo construídos, quando a criança começa a reconstruir o sistema de escrita, mas tentando conservar os esquemas que construiu anteriormente, dizemos que ela está emergindo para o nível alfabético.

Nessa fase, procura assegurar em sua escrita a representação de cada fonema pelo grafema. Isso não implica o domínio das normas, mas no início a representação escrita tenta se aproximar da transcrição fonética. A ortografia, os espaços em branco e etc vão sendo assimilados ao longo do processo. A criança descobre novos problemas quantitativo ( não basta uma letra por sílaba e nem duplicando a quantidade de letras pois as letras são escritas com uma, duas ou mais letras) e qualitativo ( o som não garante a identidade da letra e nem o contrário).


Durante anos observamos qual a melhor maneira de ensinar a ler e escrever ou qual é o melhor método, o tradicional, analítico, sintético, global, etc., como se fossem receitas já prontas que é só aplicar. No entanto, temos que mudar nossa visão sobre o processo de leitura e escrita. As crianças não são sujeitos passivos, temos que perceber que a leitura e a escrita já existem fora da sala de aula, no cotidiano dessas crianças e que quanto mais materiais há nos ambientes que se encontram as crianças mais elas ampliarão seus conhecimentos. A criança das camadas médias quando chegam à escola está em um nível mais avançado do processo de leitura e escrita, enquanto a da camada menos favorecida apresenta hipóteses primitivas sobre escrita, não porque seja menos capaz, e sim porque não teve oportunidade de participar de atividades de leitura e escrita. Por isso a instituição de ensino e o professor devem estar atentos aos materiais que trabalham com as crianças, não trabalhando de forma descontextualizada do cotidiano delas, transformando a sala de aula em um ambiente que estimule as várias formas de escrita ( em grupo, duplas ou a classe toda), o acesso aos diversos tipos de textos é fundamental para que ela possa perceber as diferentes linguagens. O processo de letramento depende da maior familiaridade da criança com práticas de leitura e escrita. Muitas vezes as crianças não vêem sentido nas cópias e outros exercícios de grafia. Devemos também levar em consideração as formas de primitivas de escrita e fala, desde do início a criança tem uma intencionalidade de se comunicar e sendo assim ela obtém a aprendizagem gradualmene a partir do que ela constrói e não pela forma de uma simples transmissão do professor.

As crianças precisam entender porque precisam aprender a ler e escrever, qual a finalidade disso, como funciona esse sistema tão complicado para elas, onde são taxadas muitas vezes pelos professores de possuirem dificulade de aprendizagem, preguiçosas, desinteressadas, etc.

E para que isso não continue ocorrendo, o docente precisa conhecer seus alunos, sua realidade, as teorias que embasaram sua prática, ser um professor-pesquisador para assim poder compreender e ajudar no processo mais importante para esses futuros cidadãos: a alfabetização.
Referências Bibliográfica: FERREIO, Emilia. Alfabetização em processo. 18 ed., São Paulo, Cortez, 2007. (p.09-20)
TEBEROSKY, Ana. COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.